Pois o nosso dado analista da fonologia Andrew Orlowski botou uma matéria com manchete e chamada de exclusivo. Creio que o rapaz frequenta o café do senado da industria inglesa, o London Calling e trouxe um resumo bem por dentro do que estava se discutindo por lá, um suposto armisticio, ainda sem assinaturas nem manifestos, mas com uma certa coerencia.
A partir de ameaças de intervenção do governo e no limite para reverter os prejuizos do music biz, os provedores de internet e o pessoal do conteudo definem um plano baseado em oferecer via p2p, música "gratis" incluida no preço do serviço de banda larga. Os provedores definirão preços e terão as informações de qual conteudo trafega. Esta música será livre de amarras, sem DRM nem prazos, para ser disseminada. As informações de tráfego determinarão a distribuição do pagamento a ser feito à música. Um licenciamento global e compulsorio das músicas será necessario e imprescindivel. Todas as assinaturas de banda larga terão de fazer parte do plano. Será música a música, sem torrentes.
Ai começa a região ainda sem definições: quanto será a proporção dos royalties de autores, interpretes e produtores em cada música? O que se fará com o dinheiro das músicas que não foram tratadas para o mercado digital, ainda sem metadata, sem registro nos bancos de dados de identificação. De toda forma, já estarão discutindo em cima de um dinheirinho que deverá pingar firme, se tudo der certo. Os provedores ganham impulso para vender muito mais banda, com certeza.
Como proposta, é um passo concreto na direção de um mercado musical adaptado ao reino digital.
Alo alo amigos, a realidade não será muito diferente por aqui, mas este plano requer mudanças em nossa Constituição, por exemplo, para se conseguir uma licença compulsória, unico jeito de autorizar o fluxo.
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