Que o projeto a ser encaminhado consiga trazer as mudanças que irão fazer crescer a cultura do Brasil em todas as suas formas, das receitas culinarias à arte industrial das novelas exportadas, a música popular e os contadores de história, os museus e as instituições culturais com marca, as artes, os oficios e o sacerdocio.
Que o projeto traga esperança para os pequenos e regras para os grandes.
Que o projeto diga que a cultura é feita por autores, interpretes, artistas, intelectuais, poetas, comunidades e familias, nasce de pessoas e deve privilegiar quem respeita os criadores.
Que o projeto tenha lucidez para lidar com o comércio e a industria cultural, que ampliam o poder da mente criadora individual, mas que para existirem precisam do lucro, não podem por isso ser excluidos do fomento à cultura nacional.
Que o projeto inclua as empresas pequenas e as pessoas fisicas como contribuintes da cultura, por interesse mesmo que de marketing ou do ganho financeiro, porque estarão financiando a cultura local, a cultura periférica, que só os individuos e a pequena empresa podem perceber e avaliar.
Que a lei seja capilar e rizomatica, facilitando de verdade a entrada do produtor comum e do artista fora do circuito comercial, estes precisam de simplicidade e confiança no trato, como cidadãos da cultura.
Que a lei faça proliferar o interesse das grandes corporações pelo seu papel como gigantes da cultura também. Que nasça um instituto para cada bilhão de reais. As instituições perenes trazem processos de longo prazo, sedimentam o pensamento sobre a cultura, acalmam a turbulencia natural de tantos eventos pontuais, geram gestores, criam a cultura da cultura. Mesmo que carreguem marcas, porque apoiam a cultura.
Que haja bom senso para estabelecer critérios generosos para acolher tanto projetos quanto patrocinadores e que se criem, isto sim, obrigações que atendem e servem á cultura: o acesso, a pedagogia, a geração de empregos, a formação de público, a cultura duradoura.
Que esta discussão toda mostre que a cultura não pode ser , mesmo, só 0,6 do orçamento, 0,6 do tempo da presidenta, 0,6 do futuro dos jovens.
Saravá, projeto!
No site do Minc postei como cidadão José, preferi ser só mais um.