Bizz Clássica
José Flávio Júnior
Administrador
Especialista do grupo
Que deprê isso aqui. O maior consenso crítico do que restou é Ana Frango Elétrico, cujo destaque do disco é uma antiga canção de Rubinho Jacobina, que lançou disco no ano passado mas os entendidos nem ficaram sabendo. A lista toda resume o estado putrefato da música brasileira no momento. E a única conversa com o mainstream é uma bosta de um disco do Xande fazendo cover de Caetano. Pior fase com léguas de distância.
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#listadaslistas 2023 - Os discos brasileiros favoritos de 2023
Bruno Machado
Supercolaborador
Ruim com força! Aí, no meio de um monte de coisas aleatórias, enfiam um CRYPTA...o que tem a ver? Cota pro metal?
6 d
José Flávio Júnior
Isso é um compilado de listas, cara. Não tem essa de "enfiam". Em listas de rock pesado, a banda apareceu. Assim como o Nervosa e o Angra.
6 d
Bruno Machado
Ah tá! Eu havia imaginado que era uma única lista. Falha minha, então.
6 d
Helcio Bueno Jr.
Supercolaborador
Triste demais. O terceiro e quarto lugares juntos não tem 50k de ouvintes no Spotify. O alcance desses artistas é zero
6 d
José Flávio Júnior
Eu acho que isso tem a ver com a chegada para opinar de uma galera que curte pós-rock, música experimental com pouco ouvinte, etc. Logo, esse fator de penetração e audiência pouco conta. Talvez até conte positivamente, pois permite que outros artistas desaplaudidos cheguem nas cabeças desse universo.
6 d
José Flávio Júnior
2023 passou e nenhuma música desse largo universo ficou no imaginário popular. Isso é uma derrota acachapante. No sertanejo, funk e "nordestinidades" foi diferente, como sempre é.
6 d
Mauricio Bussab
O universo dos ouvintes está fragmentado em micronichos. Cada um ouve coisas completamente diferentes. Todo dia sobem 150.000 faixas para o spotify. O problema de vocês é esse? O memorando não chegou pros dinossauros não?
6 d
José Flávio Júnior
Para o seu negócio eu sei que isso é bom, mas não precisa ofender com ageísmo. Até porque a lista é organizada pelo grande dinossauro entre nós, por quem todos temos enorme respeito, aliás.
6 d
Mauricio Bussab
José Flávio Júnior, eu sou da mesma faixa etária ("de idade", fico sempre com vontade de acrescentar) somos todos igualmente ágeis aqui
5 d
Mauricio Bussab
O pena é ligeiramente mais velho que eu e infinitamente mais ágil. Não tem a ver com a faixa etária de idade (só vou escrever assim agora). Está tudo na cabeça dinossauro. Algumas são muito boas
5 d
Mauricio Bussab
José Flávio Júnior, detalhe ... sobre a minha empresa. Minha vontade era outra. A gente perdeu o contrato da Ana frango elétrico, da Sofia chablau e da Luiza Lian. Elas foram juntas para um projeto aí. Fazia sentido. Eu queria detestar as três hahaha elas sabem que eu não consigo. Continuo tiete das três. A chablau vinha aqui no escritório com o pai desde pequena e quando falou que estava aprendendo guitarra eu já sabia que ia ser foda. Eu já sabia. Mas é nicho. Eu gosto. Tem coisa aí que você gosta e eu não sei lá
5 d
Ricardo Alexandre
Especialista do grupo
José Flávio Júnior, o nicho indie brasileiro é tipo um condomínio de muros enormes em torno da nossa superioridade intelectual, moral e artística. A garantia de que nada remotamente parecido com um populacho passará pela nossa portaria/curadoria. Trilha de novela, música pra tocar no rádio, refrão pra ser cantado no ponto de ônibus VÁ DE RETRO. Deixa isso pros silvícolas que precisam se vender por trocados.
Julio Barroso, que queria traduzir a new wave nova-iorquina para “prostitutas de beira de estrada de Belém do Pará”, chora em algum lugar da galáxia.
As listas gringas estão cheias de artistas que dialogam com o público, que emplacam na Billboard e nas rádios. Lá, eles têm mais acesso e mais dinheiro pra gastar em micronichos, mas, por algum motivo, eles continuam acreditando que um país dividido não sobrevive, nem um mercado que separa os cultos e os idiotas. Por uns 15 ou 20 anos, tivemos muita gente que tentou fechar esse buraco: Legião, Paralamas, RPM, Kid Abelha, Skank… Raimundos até fizeram música sobre isso, “A Mais Pedida”.
Mas acabou. Agora, nós, os superiores, nos bastamos nos quatro muros do nosso condomínio, pelos quatro ou cinco anos que tivermos antes de trocar a música por alguma profissão de verdade. E o mercado, as rádios, os sistemas de som dos supermercados, bleargh, que fique com os idiotas sem cultura.
3 d
Helcio Bueno Jr.
Supercolaborador
Mauricio Bussab Tem tanto exemplo de artista que faz sucesso e tem qualidade artística fora do Brasil que nem vou citar todos os exemplos americanos ou ingleses. É só olhar o mercado de música latina. Mon Laferte tem 10MM de ouvintes, pra ficar num exemplo de pop mais alternativo. No Brasil é que criou-se esse paradigma de que não pode ter qualidade e fazer sucesso
6 d
Mauricio Bussab
Helcio Bueno Jr. Onde foi que eu disse isso? Eu disse que está tudo pulverizado. Que está tudo espalhado em pequenos nichos e que o primeiro lugar vai ser uma banda desconhecida por você. Que é o problema maior aqui pra voces
5 d
Mauricio Bussab
Eu não acredito que a crítica especializada ainda está esperando o proximo Roberto Carlos aparecer. Sério mesmo? Alô! Não vai acontecer! O cara que você gosta vai ter pouco ouvinte . O cara que o outro gosta vai ter pouco ouvinte e etc
6 d
José Flávio Júnior
Se fosse um novo Los Hermanos já era menos vexatório do que a situação atual.
6 d
Leandro Saueia
Moderador
Especialista do grupo
Mauricio Bussab O cara que você gosta vai ter pouco ouvinte . O cara que o outro gosta vai ter pouco ouvinte... e a Ana Castela, o Gustavo Lima e esses MCs que gravam música em grupos de dez, doze, têm milhões e milhões.
6 d
Antonio Marcos Orselli
Supercolaborador
Leandro Saueia pq seus ouvintes não exigem muito. É ter um acordeon, sotaque goiano e pinga e p*taria na letra, que tá ótimo. E se tiver a mesma melodia do hit anterior, melhor ainda. O pop brasileiro não exige grandes estruturas melódicas, letras bem desenvolvidas, nada disso. O ouvinte brazuca é meio Homer Simpson e isso se reflete na produção musical. Música pobre para ouvintes pouco exigentes. Ah, sem falar que a produção dessas músicas é super hiper mais barata...
6 d
Welton Oliveira
Supercolaborador
Ah, não... A essa altura meter essa?!?
6 d
Clayton Martin
Supercolaborador
Não entendi, a pauta é sobre o que é artisticamente relevante ou sobre o que "vende" ou qtos seguidores tem?
6 d
José Flávio Júnior
Esses temas acabam se misturando. A relevância artística é difícil de ser avaliada se ninguém estiver ouvindo aquele som, regravando, repercutindo. Se fica muito nichado, ensimesmado, complica para você convencer fora da bolha que aqueles artistas merecem ser mais ouvidos, que é uma das finalidades de listas assim.
6 d
Adolfo Colen
A situação de quem mora no interior do Brasil, como eu, parece pior. Tudo que vai pro Mainstream é sertanejo moderno, ou funk. Não há um hit que não saia dessa bolha. Eu continuo ouvindo os nichos, mas para a cultura geral brasileira, não há nada construtivo por agora.
6 d
Leandro Saueia
E um álbum ganhou com larga vantagem para os demais presentes. Dá a impressão que foi um daqueles discos que eram chamados de "divisor de águas" ou que se trata de um trabalho que é violentamente superior a tudo o que foi feito no período. A mim não emociona e nem causa asco. No atual momento acho que é o que temos. Vou chutar que em 2029 ele não vai ser muito lembrado, se é que vai, naqueles "rankings da década".
6 d
Gustavo Guimaraes
Supercolaborador
Tem alguma boa lista de discos brasileiros de 2023?
6 d
Bruno Daesse
Tem gente nessa lista que eu nem sabia que ainda estava na estrada, no trampo. E não sei lembrar de nenhuma música dos citados.
6 d
Ricardo Alexandre
Eu nunca entendi essa mania de dividir os melhores do ano entre "nacionais" e "internacionais". Fico pensando se algum dos votantes tivesse que entrar numa loja com crédito pra comprar 10 álbuns de 2023, quantos de artistas brasileiros ele levaria pra casa.
6 d
Gilmar Dantas
Dos 05 primeiros (adoro todos eles), nenhum conseguiria levar mais de 100 pagantes em um show na minha cidade, terceira maior da Bahia. Isso é muito preocupante ou, no mínimo, estranho.
6 d
Rodrigo Cesar Marques
Das listas ai, Ana Frango Elétrico é disparado um dos melhores (Jards merece também). O disco do FBC funciona melhor como instrumental. Letrux não pegou. Xande surpreendeu. De resto nada diferente do que produziu em 2022. Talvez um ponto abaixo.
6 d
Rodrigo Cesar Marques
Agora sobre a discussão do que se ouve e como se ouve ta um tanto envelhecido né? Radio e MTV não compõe mais o som, digamos, mais diverso - e nem é um problema, mas uma mudança de paradigma.
6 d
Jader Almeida Luduvig
Supercolaborador
Ué, mas Pablo Vittar e Luisa Sonza não fazem parte do mainstream mais?
6 d
Julli Rodrigues
Tem gente que fala como se em algum momento da história a crítica especializada tivesse refletido o gosto do mainstream. Tudo segue como sempre foi, e isso não necessariamente é ruim. O grande questionamento a se fazer é: o que está sendo feito para que nós, "formadores de opinião", ocupemos os espaços do mainstream para apresentar essas novidades? Há muitos trabalhos aí que poderiam facilmente ser adotados pelo tal "grande público", que têm uma linguagem palatável, que poderiam tocar em rádios do segmento popular ou adulto contemporâneo, se a gente falar só do conteúdo musical. O problema é que existem outras forças envolvidas. O buraco é bem mais embaixo.
6 d
Luciano Vianna
Supercolaborador
Eu acho Ana Castela anos luz melhor que Ana Frango Elétrico. Fora alguma coisa do Phonk que acho interessante pelo mesmo motivo que gostava da Warp no fim dos anos 90 e a Castela e João, por causa das crianças (o pop brasileiro ehbfeito para quem tem no máximo 12 anos), não ouço praticamente nada nacional que sai o TMDQA já tem um bom tempo.
6 d
Pena Schmidt
Supercolaborador
1)Obrigado a todos pela apreciação das ideias. Vou tomar a liberdade de copiar este post e seus comentários e colar como comentário la no Peripécias. Traz contexto para a bagaça. Se alguem tem algo contra se manifeste. 2) La no Peripécias a #listadaslistas tem 10 anos de listas, de filosofia e debate a respeito. Recomendo aos interessados, basta dar uma cavocada nos posts anteriores no marcador #listadaslistas. 3) São só opiniões, é tudo questão de gosto. As listas - de tudo quanto é tipo de lista, de site, de veiculos, gringos, especializados, tuites, vlogs, blogs etc - são opiniões espontaneas, a maior parte não solicitada, boa parte não chama de "melhores" albuns, mas de "favoritos". A ldl, por não dar premios nem contratos, não polui o resultado: opiniões honestas que as pessoas estão recomendando. Fato perturbador numero um: o que elas dizem que gostam não reflete o mercado! São 10 anos repetindo este fato. Obrigado por enquanto. Apareçam.
(Está publicado porque ninguém se manifestou. Continuo à disposição)
5 d
Fabrício Nobre
Eu adoro a #listadalistas , faz sentido e entendo a lógica do que está sendo postado. Não gostar dos discos em si faz parte do lance e do momento que cada um está vivendo.
Me fez tentar ouvir Ana Frango Elétrico mais uma vez e tb ainda não me pega. Mas por exemplo ouvi de novo a Sophia Chablau com cuidado e tô curtindo. Mostrei Mateus Fazeno Rock e Dadá Joãozinho pra umas pessoas e gostaram como eu gostei. Os discos e shows do D2 atuais gosto um monte. Tá justo.
Acho que seria massa uma lista de José Flávio Júnior ou Mauricio Bussab pra serem 195 ou 200 listas em 2024, quem sabe mude o resultado.
Pena Schmidt segue fazendo diferença e criando debates com uma ideia (colocada em prática) que já tem uma década.
5 d
Arthur Kunz
A distancia entre o mainstream e o "midstream" aumentou absurdamente. Não dá nem vontade de fazer disco pra lançar em plataforma digital
4 d
Ramon Drummond
O disco da Ana é bem bacana, tem boas canções, ótimos grooves e uma produção estelar, mas também acho um pouco frustrante que ele seja considerado de forma quase que unânime como o grande lançamento da música brasileira no ano passado porque tá longe de ser um negócio de grande nível de ambição ou sofisticação sob qualquer aspecto, além de ser bem nichado.
O próprio disco do FBC que ficou em segundo me parece um negócio muito mais interessante, por ser cheio de ambição, com uma temática interessante e acho que conversa mais com a música brasileira do passado e do presente, por mais que o Fabrício não seja lá um grande intérprete.
(em 9 de abril de 2024)