Deu no NYTimes, portanto...
OPINION | February 26, 2007
Op-Ed Contributor: Shoot the Piano Player
By DENIS DUTTON
The Joyce Hatto episode is a stern reminder of the importance of framing and background in criticism.
Resumindo: por um acaso tecnológico descobriu-se que um disco de piano erudito era igual a outro, de um pianista menos famoso. Na rede foi sendo desvendada uma história digna de um filme. Não era apenas uma semelhança, era uma cópia, até o ultimo bit. Mais ainda, não seria apenas aquele CD, mas a obra completa de uma das maiores pianistas contemporaneas da Inglaterra, Joyce Hatto, que reclusa em sua casa no campo com seu marido técnico de som, havia gravado centenas de CDs, um verdadeiro passeio por todos os repertórios, por toda a música clássica ao longo de 20 anos. Tudo roubado, de gente nova, talentosos desconhecidos. A crítica chegou a comparar discos - o original, de um novato e a copia, da consagrada - que sempre foi considerada ´mais expressiva´. Não despertou atenção a incrivel variedade de estilos, a técnica absolutamente perfeita nem a ausencia de performances ao vivo. Grandes concertos com Orquestras fantasmas, sempre regidos por um Maestro também fantasma, sem nenhum outro crédito a não ser nas capas de discos de Joyce Hatto. Tudo roubado, todos enganados. Pouco antes dela morrer, em santa glória, circulou a versão de que havia gravado em seus ultimos momentos numa cadeira de rodas. O marido perfeito negou tudo até se comprovar a fraude disco a disco. A crítica alega que as interpretações eram boas, impecaveis, e que agora se fará justiça a tantos talentos *revelados* por ela. Podem crer.
Checa ai: http://www.youtube.com/watch?v=hnOPu0_YWhw
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