Deu no NYTimes:
Joshua Bell is one of the world's greatest violinists. His instrument of choice is a multimillion-dollar Stradivarius. If he played it for spare change, incognito, outside a bustling Metro stop in Washington, would anyone notice?
Resumindo: Joshua Bell é jovem, atlético, cabelos fartos e soltos, toca seu Stradivarius com o corpo todo, comunica seu talento de forma indiscutivel. Cobra uma fortuna por minuto, faz uma carreira pontuada por apresentaçoes filantropicas ou de apoio a causas culturais, não tem medo de sair fora do nicho confortavel do mundo erudito americano, que o idolatra como um dos melhores violinistas do mundo
Desafiado por um jornalista, topou se apresentar numa apresentação em troca de moedas, numa estação de metro, 7h45 da manhã. O jornalista levou uma equipe e fez um verdadeiro tratado, entrevistou os mil transeuntes, as testemunhas presentes no local, conversou antes com experts que previram multidões fora de controle, centenas de dolares na caixa do violino e garantiram que seu talento seria reconhecido.
Nada disso aconteceu. Apenas uma pessoa, fã confessa, parou na frente dele não acreditando no que via. Apenas um jovem ex violinista recebeu o impacto da performance e perdeu a hora, encostado numa parede. -"Quando ouvi o som percebi que era algo muito bom, quando o vi tocando percebi que era alguem com um talento fora do comum, com dominio absoluto da técnica." As outras pessoas, mal se lembravam de ter um músico ali, absortas no rumo do trabalho, insensiveis. Uma engraxate que fax ponto no local há anos, brasileira, disse que no Brasil teria sido diferente, as pessoas tem sensibilidade.
Após o concerto, no café da manhã, Joshua Bell, disse que o silencio após as músicas, a ausencia de aplauso, de conexão com o público, era aterradora.
Será que mesmo uma arte tão óbvia e invasiva não consegue comunicar-se, depende de contexto, de moldura apropriada?
O artigo, antologico, afirma que sim. Comentarios posteriores, da critica musical, alegaram sensacionalismo, que não se deve julgar talento fora de contexto, que a arte precisa de local apropriado. Esta era a tese e tambem concordo.
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Pena, pra vc que gosta de boa música, temos uma entrevista com o Lanny, feita na estréia do show novo aqui em SP!
ResponderExcluirtá no blog!
abs
psicodeliabrasileira.blogspot.com