Parece que só o que sai no NYT atrai a atenção devida, mas é por ai, lá tem gente se preocupando em trazer contexto para este mundo louco. Pois bem, agora é uma enorme matéria sobre o fato pouco noticiado que a Columbia trouxe Rick Rubin para o papel de co-cacique. Se não souber quem é ele, volte dois cliques e suma.
Vale em qualquer parte do planeta o óbvio de que música é arte e seu negócio não pode perder isto de vista. Vale tambem o óbvio que não é isto que acontece. Portanto temos ai o mistério, irá RR mudar o curso do Titanic ou será salvo pela união das majors em torno do "novo modelo" de cobrar por assinatura?
Com todo o respeito, não será este ultimo "hit man" que irá trazer este alento, mesmo usando focus groups, boca a boca ou todo seu estoque de magia dos estudios. Gostaria muito que fosse e gostaria muito de poder acreditar que haveria chances de reverberar aqui no Brasil uma mudança de estilo administrativo.
O buraco negro é mais embaixo, não há mais lugar para o gosto imperial de RR, por mais amplo que seja, dominar todos os sub dominios, o mangue da miscelanea e do tag, o predominio do efemero e do irrisório. O gosto coletivo é um pauzinho na enxurrada, levado pela estréia do TIM Festival, pela nova série da Disney, por qualquer outro fato público que tenha trilha sonora. Acabou a máquina de hits, por mais que ainda pareça que dominar uma major implica em dominar o mundo.
As canções precisam ser cultivadas novamente uma a uma cada vez que for tocada e ouvida, precisam existir na cabeça das pessoas como existem na cabeça de RR, que ouve atentamente cada detalhe, mas não ensina como ouvir.
Ei Ricky! Venha tocar um teatro todos os dias, talvez voce saque.
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