O valor que essa gente bronzeada tem.
Escrito para o "Guia da Produção Cultural 2010" do Edson Natale a Cristiane Olivieri
Se eu estivesse começando a carreira hoje, prestaria atenção em algumas coisas que podem fazer a diferença entre profissão ou passatempo. Como todo conselho dos mais velhos, pode ser interpretado apenas como - preste atenção!
1) Música como um serviço, como a gastronomia, a fabricação de vinhos ou roupas. As pessoas que consomem este serviço são chamadas de "público", em vez de "clientes". Esta é uma relação simples e direta, artista e seu público. O público, se gosta, entra na cadeia produtiva e acha uma forma de pagar para consumir, para fruir e se deliciar com sua música, pagando por ingressos, comprando discos, CDs, LPs, downloads ou músicas no celular, tanto faz. Não fará mal nenhum ao artista que inicia sua carreira lembrar-se disto e assim buscar seu público, trata-lo com carinho, e aos poucos, descobrir a maneira como seu público irá recompensa-lo financeiramente. O conceito principal é que haverá uma troca: sua arte, seu trabalho, pelo seu sustento e mais um pouco. Quem paga a conta é o público.
2) Como fazer negócio? Depois de 100 anos de um certo modelo unico que servia para todo mundo, consagrado pelo nome "gravadora", quando este modelo fracassa pelo desgaste tecnológico, pela mudança de costumes e habitos, enfim se desmancha de velho e gasto, é normal e compreensivel que os artistas da música sintam falta de uma estrutura comum a todos, algo que simplificava a venda, na verdade tirava de perto do músico o "caixa", o trabalho comercial. Pior, neste momento, 2010, ninguem sabe como fazer funcionar de outra forma o negócio, essa troca entre público e artista. Cada caso é um caso, não há método nem vale a experiencia. Não é uma questão de dinheiro, de empresas que sabem o que fazer, de caçadores de talento, curadores ou padrinhos. O que funciona para um pode funcionar apenas para ele. Portanto, faça o que o seu nariz manda voce fazer. Seu negócio, entendeu? Uns vão procurar distancia do trabalho comercial e vão delegar para gravadoras, vendedores, empresarios, agentes, produtores. Ok, não é má idéia, é preciso tempo para ensaiar e compor, mas não perca o controle de qualidade, será o seu público, não deles. Certas pessoas tem este talento comercial e gostam da música e do seu ambiente, serão bons vendedores, junte-se a eles, mas é preciso manter pulso firme para que os conceitos comerciais não determinem o rumo artistico. Mostre quem manda, a arte; mesmo que se percam algumas oportunidades, virão outras. Se em seu caso voce quer apenas tocar e não quer se preocupar com esse controle, essa responsabilidade, muito bem, sempre se pode conseguir emprego numa banda, numa orquestra e seguir o lider. Boa sorte e estude também para algum concurso público. Para seguir uma carreira na música é preciso lidar com estas responsabilidades e inseguranças, acreditar que irá conseguir criar um público a partir de sua arte, de sua maneira de ver o mundo e de usar a música para se expressar, inclusive até com letra, especialmente pela letra. Crie seu negócio a partir do que voce enxerga na sua frente, seu público.
3) Um dos enigmas que voce terá de resolver, é o comportamento da tele-horda, essa multidão incontavel e invisivel que se conecta, diz algumas palavras, copia o que quer e some, sem deixar rastros ou contribuição. São o seu público, de forma sutil e esgarçada, mas suficiente para conversarem entre si e gerar reputação de forma melhor que a grande e velha midia. Um boca a boca se espalha e cria pautas, cenas, tendencias. A tele-horda, autonoma e sem cabeça é poderosa na hora de gerar público para seu espetáculo, a melhor ferramenta de convencimento. Esta é a maravilha, a tele-presença, estar com eles, participar das conversações todas, no twitter, no orkut, onde eles estiverem. Alimente-os com músicas, remixes, fotos, textos, narrativas de viagem, opiniões, o tempo todo. Trate-os como individuos que gostam do que voce faz, agradeça a gentileza. Eles se materializarão na sua frente, com uma nota de 50 na mão, querendo ter um pedaço seu de lembrança.
4) Isto é o começo e se voce fosse um Joào Gilberto ou um Roberto Carlos começando hoje, poderia contar com a sorte de ter um talento extraordinario. Mas sabemos que os talentos extraordinarios são obvios só depois, muito depois. Portanto, agora rale! Quer saber o caminho para chegar ao Auditório Ibirapuera? Ensaie, ensaie e ensaie. Esta resposta não é minha. Há uma constatação de que após 10.000 horas de prática não se percebe diferença entre o genio que nasce com o dom e o teimoso que persistiu, ambos demonstram o mesmo talento superior adquirido com as horas de estudo, repetição e atenção. Rale sem pensar em parar.
5) O que fazer com os direitos autorais nesse mundo em transformação? Boa pergunta e voce terá tambem de achar esta resposta voce mesmo. Dizem que artistas sempre viveram do seu trabalho e não de sua obra. Outros vivem de sua obra, os que ganham para representa-lo. Na prática o direito autoral está na mão de terceiros. Mas não deixe isto o afastar de nenhuma possibilidade de conseguir algum dinheiro pelo ECAD ou por alguem que o represente na hora de negociar trilha de filme ou de comercial, musica pelo telefone ou qualquer outra modalidade de uso da obra que venha a ser inventada, onde se vende um pacote grande, onde entra um dinheiro. O direito autoral é interessante quando consegue transaçoes maiores, significativas. Mas lembre-se de seu público e sua relação de amor intenso e desinteressado, não queira cobrar de seu público pelo desejo em ouvi-lo, não deixe que alguem pense em punir seu público, chama-los de piratas, essas coisas sem noção, jamais. Junte-se a pessoas capazes de entender isto na hora de escolher quem vai representa-lo. Cobrar de quem tem interesse comercial. Talvez seja necessario estudar um pouco sobre isso, para ter uma opinião própria, em breve será necessario mudar as leis que regem o Direito Autoral para adapta-lo a esta nova realidade e voce será chamado a dizer qual a sua posição a respeito. Por via das dúvidas, não perca o controle de sua obra, garanta que voce pode despedir seu representante para cobrança dos direitos autorais quando quiser.
6) Andar em bandos é saudavel e construtivo. Fazer juntos, de forma colaborativa, para conseguir vantagens para todos. Aprenda a fazer isto com a menor estrutura possivel, sem engessar, criar instituições, essas coisas. Não é mais necessario ter sede própria ou fazer assembleia para conseguir unir as pessoas com as mesmas idéias, definir uma agenda de trabalho e mandar ver, trazer cada um sua parte no mutirão. Os coletivos realizam de forma natural e simples, com a ajuda destas coisas que chegaram agora, os lugares compartilhados na nuvem, os meios de comunicação gratuitos, as redes sociais. A música, especialmente, se beneficia muito, porque se constroi e gera riquezas e empregos a partir apenas de pessoas, de criatividade, de conteudo, a partir de conversas, encontros, interação. Tudo isso é o que rola e circula pela rede e nas ferramentas, aproveitem bem.
7) Seja local para ser global, não é isso? Busque todos os recursos que podem existir no seu pedaço. Aproveite que ninguem mais sabe o que fazer com as radios e invada! Vá frequentar as radios e insista para que toquem sua música. Use as redes sociais e crie ondas para ligarem para o telefone das radios, azucrinarem se tiverem twitter ou orkut, fazendo pressão para tocar suas músicas para seu público. Será uma vitória de seu fã clube! Com os jornais, a mesma coisa, descubra quem conhece os jornalistas, leve-os para seu palco onde ferve, mostre a verdade que existe entre voce e seu público. É necessario que sua cena, o seu bando, os coletivos que voce pertence, todos ocupem estes espaços. Voces são as estrelas do seu bairro, os artistas de sua comunidade, os que irão mostrar ao mundo, depois disso, o valor que essa gente bronzeada tem.
... Escrevi isso assim de golpe, coloquei no blog "Peripecias do Pena", anunciei no twitter que @penas havia subido um texto e fui dormir. Nos dias seguintes, os comentarios e tuitadas a respeito, a rede funcionando, me fizeram acrescentar algumas coisas, depois de pedir licença ao Natale. A primeira é mostrar que todos nós hoje trabalhamos da mesma forma que Isaac Newton, um reformador do seu mundo. Ele reconhecia estar "sobre os ombos de gigantes", ou seja de todos que haviam construido antes o conhecimento, a mentalidade do seu tempo. Nào pretendo ser original, mas quero ser eficiente no discurso. O conceito de tele-horda está lá em algum lugar no meu twitter, com o texto de onde aprendi. Estudem e confiram que o mundo da música hoje se move quando se afasta de tudo que é centralizado, da linearidade e porque acabou com a separação entre centro e periferia. Malcolm Gladwell escreveu um livro sobre talento e concluiu sobre as 10.000 horas de prática, demonstrando inclusive com Beatles, procure. A @amandapalmer, uma cantora fazendo sua carreira seguindo estes principios que cito - mesmo sendo contratada de uma major - está permanentemente conversando com seu público sobre tudo isso, sobre se vender, sobre solidão na sexta feira à noite depois do show, sobre vida de artista. A Maria Rita, o Leoni, o Ritchie e o Leo Jaime, o André Abujamra, a Dani Gurgel, o Teatro Mágico, o povo do Fora do Eixo, eles se debruçam no twitter e ampliam e renovam os laços com seu público dos shows. Gente como @remixtures e @phonobase pesquisam e publicam diariamente o que se escreve e pensa sobre a reforma dos negócios da música. A tele-horda é culta e construtora de reputações. Muito pop.
Depois, imerso no exaustivo processo de ouvir centenas de músicas na seleção de artistas da Feira de Música Brasil, subitamente eu sacava do caderninho e anotava. Senhor artista, voce será julgado, avaliado, comparado. Voce precisa fazer tudo certo, e ainda tem de agradar aquela coisa de gosto ou não gosto. Sem comover as pessoas, pode parecer música, com rabo de música, orelha de música, mas não será música. Pergunte ao seu público, só ele vai falar a verdade com relação a isso, seu público será sincero, mesmo que doa.
Ainda nesse momento quando olhamos para muitos artistas, é possivel entender que uma carreira passa por muitas fases até se transformar numa profissão. É importante trazer fatos para sua biografia, para sua reputação. Concursos, premios, parcerias, colaborações ajudam a definir com quem andas etc mas não bastam. Uma vida na estrada, tocando todo dia, também não é suficiente para tirar voce do chão. Pense em quantas apresentações são necessarias, anos a fio, para ter apenas alguns momentos sublimes. Lembre-se deles, para repeti-los, grava-los, ser reconhecido por eles. Momentos sublimes, coisa de profissional.
Para uma receita de bolo já está comprido. Se voce se identifica ai por cima, benvindo à uma profissão de futuro. Para quem contrata, o bom artista é aquele que já vem com público.
Pena Schmidt
www.auditorioibirapuera.com.br
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...mas é!!! você é foda, Pena!
ResponderExcluirÓtimo texto! Quem sabe, sabe.
ResponderExcluirSó lamento que, no final das contas, como em todas as áreas que consigo imaginar, exista um grande abismo entre ser bom e ter sucesso (alias, como medir sucesso nesse novo modelo de musbiz? vendas? shows?).
Assim como no "antigo modelo" do mercado musical, o peso do "formador de opinião" ainda é enorme. Eh o DJ, eh o jornalista, eh o blogueiro, eh a Globo, etc. A tele-horda pode te levar longe, mas ela ainda não atinge a massa, se esse é o público-alvo do músico.
A diferenca entre a sua vizinha que canta no chuveiro e o Cansei de Ser Sexy pode ser apenas um Lucio Ribeiro ou uma Erica Palomino.
E o que o "novo modelo" ainda está devendo eh um case. Quem eh o artista que ficou "famoso" gracas a internet, sem gravadora? A Stephany do Crossfox? Complicado...
Abraços!
Nada como lucidez e bom senso.
ResponderExcluirMuito obrigado pelo texto; pela "aula"!
Abraço especial.
Frank Jorge
Leitores de primeira hora, obrigado a voces, estou me sentindo "lido".
ResponderExcluirArtur, digamos assim, que agora não é só, apenas e unicamente uma questão de poder economico ditando nosso gosto, mas o inicio de outro grande problema, quando formos abelhas numa colméia e nos queixaremos da uniformidade do mau gosto. Bleh, a polemica nã termina.
Grande Pena. Só comentando o título do artigo, acredito que ainda é profissão. A informalidade impera nessa área, mas se um músico que acompanha um artista, seja o RC ou os seguidores das suas dicas, buscar na justiça do trabalho a formalização da sua relação de emprego, terá boas chances de conseguir. Existem os grupos, coletivos, bandas, etc., onde todos estão tentando um lugar ao sol em conjunto. Mas existem também os líderes que colocam seus músicos na situação de subordinação. Isso pode ser caracterizado como emprego. O trato com o Direito Autoral é mais uma informalidade nas novas formas de agremiação musical. Acho tudo válido. Desejo que minha filha, hoje com 4 anos possa ter a experiência de exercitar a criação musical dentro de uma banda de garagem, fazer apresentações para seus amigos e sua tribo sem ter necessariamente que se tornar uma profissional da área. Enquanto isso, quero poder sair para dançar com minha esposa embalado por uma orquestra profissional ou assistir a um concerto erudito. Certos aspectos da nossa cultura musical somente vão sobreviver ou se desenvolver se houver alguma formalidade nas relações entre seus integrantes.
ResponderExcluirBuenas!
ResponderExcluirmuito bom o post!
tirem-me uma dúvida:
Como funciona os direitos autorais em teatro?
Os atores vão lá e "executam" a "ópera do malandro" (do Chico), assim como uma banda cover vai lá e "executa" TOP TOP (dos Mutantes)...
a banda ou a casa noturna a gente sabe que "deveria" pagar pro ECAD, mas no teatro, como funciona?
(citei a "ópera" pq se citasse alguma de Shakespeare acredito que caíria na questão do domínio público").
Ah, respondendo ao comentário do Artur, acredito que O Teatro Mágico ficou famoso graças a internet. Pode não ter chegado à massa, mas que ficou famoso, ficou...
Abraço
Excelente texto.
ResponderExcluirMascarenhas: Não acho que a internet, sozinha, vá gerar um case de sucesso. A internet como componente de um conjunto de ações que levem a essa "fidelização" entre público e banda, já gerou sim, vários casos de "fama". Definir sucesso, aliás, tem sido cada vez mais difícil.
Grande texto, Pena. Obrigada!
ResponderExcluirAbraço
Aí Pena,curto e grosso!
ResponderExcluirAbraço!
Excelente texto e visão, acima de tudo.
ResponderExcluirabraço,
dan schneider
vou chover no molhado e dizer que o texto está ÓTIMO.
ResponderExcluirMUITO, MUITO boa essa reflexão.
Guru,
ResponderExcluirMuito boa aula, como sempre.
Acho que vc inventou a expressão "tele-horda", eu pelo menos nunca tinha ouvido. Vou pensar!
Pena, muito bom seu texto, acho que essa discussão sobre os novos rumos do mercado musical e dos Direitos Autorais merecem muito debate, muita reflexão e acima de tudo muita difusão!!
ResponderExcluirTe convido pra ler no meu blog Olho Desnudo, meu artigo: "Sacudindo a poeira do passado... Uma reflexão sobre o Direito Autoral Musical" -
http://olhodesnudo.blogspot.com/2009/10/sacudindo-poeira-do-passado-uma.html
Bjussss e sucesso aí!!
"E o que o "novo modelo" ainda está devendo eh um case. Quem eh o artista que ficou "famoso" gracas a internet, sem gravadora? A Stephany do Crossfox? Complicado..."
ResponderExcluirRESPOSTA: "ARTIC MONKEYS" e "CLAP YOUR HANDS AND SAY YEAH".
As gravadoras só apareceram na vida deles bem depois.
Enor Paiano uma vez definiu meu estilo de escrever como "deixa que eu chuto" e adotei como um mote de impeto e atitude, mesmo que o idioma leve suas caneladas pelo caminho. Um dia um revisor porá tudo no lugar certo, não reparem enquanto isso. Obrigado aos incentivos, me animam a realizar um sonho de criança de um dia escrever um livro.
ResponderExcluirMascarenhas, juro que não é nem jamais será tào simples e eficaz assim. Sabe a história do cara que pensa que muda de canal da TV piscando o olho? Às vezes até parece...
Doutora, vou ver seu site. Temos de acender esta discussão do Direito Autoral para não sermos atropelados.
Por causa de voces elaborei um pouco mais.
Penachiore, estou aqui te lendo também, viu?
ResponderExcluirnenhum grande insight no momemnto, a não ser mandar o link para vários dos meus alunos, que já são músicos ainda que não sejam profissionais e certamente têm uma pulga atrás da orelha sobre como seria a vida caso...
bjs
Lilian
Muito, muito, muito, mas muito pertinente isso tudo! Valeu Pena!
ResponderExcluirmuito bom pena.
ResponderExcluirtenho um projeto acustico, um pouco diferente do que rola no underground hoje em dia, e sinto na pele esse lance de publico, exposição, etc.
parabéns!
Marcelo A. Santucci
Pena... a narrativa de tuas experiências sob um olhar atento do protagonista... já é um case pra nossa atualidade!Bom, pelo menos, já serve como prefácio!
ResponderExcluirCaí no seu blogue aqui de gaiata, justamente por essa fácil comunicação (foi tuitado pelo @fanitelli).
ResponderExcluirMe surpreendi, não sou profissional de música, mas lendo o que escreveu, mostra o quão é difícil e ao mesmo tempo prazeroso ser músico. Sou dessa geração recente, internética, e ao meu ver parecia fácil alcançar sucesso; o que mais tenho conhecimento é de bandas que surgem do nada, é quase como uma loteria em busca de fãs. E sempre aparece gente que gosta (ou parece gostar).
Mas penso que esse 'sucesso' tão rápido, não seja o que artistas dedicados como tais que citou procuram. E para ter fãs fiéis e presentes, momentos bons, com certeza deve valer à pena todos os obstáculos.
Tem é que sentir a música.
Parabéns, Pena, ótimo texto.
Não pretendo ser música, não tenho dom nenhum para essa arte, mas concordo plenamente com o que você disse, o musico quem que ir atras de quem é realmente importante; o público.
ResponderExcluirE acho também se enquadra com outras profissões como fotógrafos que é meu caso.
Dicas que irei levar comigo, obrigada!
Estou seguindo.
Parabéns pelo texto! Sou jornalista graças ao meu amor pela música. Sempre batalho pelo espçao para a cultura nos meios em que trabalhei e trabalho. Sou uma otimista por natureza e hoje vejo tudo que eu sempre acreditei se tornar um pouco parte da nossa realidade. Há uma discussão crescente sobre música livre e o acesso ao público! A verdade sempre prevalece e quando o público tem acesso isso acontece. Cabe ao público não se acomodar assim como o artista. Os meios estão aí, é preciso criar seu espaço. Ele existe. E sempre repito: o artista não pode ter medo de seu trabalho e deve mostrá-lo com profissionalismo e sinceridade. As coisas acontecem. Temos grandes exemplos disso tudo.
ResponderExcluirSalve a liberdade.
www.ligiagastaldi.blogspot.com
Oi, Pena!
ResponderExcluirDemorei mas li e adorei! E não concordo que o estilo é o do "deixa que eu chuto". Acho que o que você consegue muuuito distintamente é fazer um texto bom de ler pra caramba, que expressa bem as zilhões de idéias que você tem sobre ...o mundo! Parece que a gente está te ouvindo falar!! Como você sabe, tô nessa de livro, de candidata a revisora à simplesmente entusiasta!
Parabéns e beijos!
Marcia Tosta Dias
Oi, Pena!
ResponderExcluirLi e adorei o seu texto! Para mim, está meio longe do "deixa que eu chuto". Com a maior naturalidade você dá a forma de texto (que fica bom demais de ler) às idéias que você tem a todo instante sobre ... o mundo!! Parece que a gente está te ouvindo falar!
Como você sabe, tô nessa de livro: de revisora, entusiasta ou já marcando lugar na fila dos autógrafos!
Beijos e parabéns!
Marcia Tosta Dias
Gran texto. Excelentes letras.
ResponderExcluirOlá Pena
ResponderExcluirO Favela É Isso Aí lança, ano que vem, livro de poemas de César Maurício - Duas décadas de poesia. Neste projeto, teremos um capítulo destinado à biografia dele. Gostaríamos muito de poder contar com breve depoimento seu, a respeito de César Maurício e do trabalho dele. Caso tenha interesse em participar, por gentileza, envie sua colaboração para o minajcm@yahoo.com.br, em comentário com cerca de 10 linhas até a próxima sexta-feira (desculpe a urgência).
Qualquer dúvida, estou à disposição.
Muito obrigada,
Janaina Cunha Melo
Jornalista
(31) 8684-9068
Muito obrigado mestre!
ResponderExcluirLeonel Radde - vocalista da Calibre
Olá, Pena. Meio atrasado meu comentário, eu sei. Mesmo assim, lá vai. Tenho uma banda que está engatinhando já há alguns anos. Passamos pelos clássicos problemas de achar um nome pra banda, de formação, etc., até encontrarmos o que hoje acredito ser a formação ideal. O ano passado (2009) nos trouxe um grande desgaste ao nos depararmos com as dificuldades de se arcar com a produção de um CD. Terminamos o ano com três músicas gravadas e os nervos em frangalhos. Mudamos o projeto de um CD "longo" para um breve EP (ainda se usa esse termo?) com quatro faixas. Com a formação atual fizemos apenas um show e a resposta do público foi positiva, felizmente. 2010 está aí e estamos prestes a voltar de nossas "férias". Estou inquieto, louco para terminar o disco e sair por aí divulgando, na internet, na rua, no grito, se for preciso. Gostaria de dizer-lhe que ler esse seu ótimo texto é um grande motivador, creio eu que para muitos. Depois dele, não estou mais ansioso: estou empolgado. Muito obrigado.
ResponderExcluirBom dia, Pena,
ResponderExcluirLi uma entrevista tua, no caderno Arte & Lazer do Estadão. Achei muito legal a proposta do Festival Alto Verão e fiquei com vontade de falar com você.
Te achei no MySpace, no Twitter, e agora aqui no blogspot.
Se puder me oferecer algumas linhas do seu tempo, ficarei muito feliz!
Meu email é cristiana@pramarearte.com.br
Feliz 2010 :)
Olá Pena é um prazer em conhecer o seu blog,muito bem escrito, parabéns quando puder confere o meu OK, abraço- Ricardo cunha
ResponderExcluirwww.ricardorockcunha.blogspot.com
www.myspace.com/ricardocunhainfluxo
Muito bom Pena!!! Acabei de ler o seu texto!!!
ResponderExcluirMuito importante pra mim que estou nesse ramo independente de música alternativa (perdoe a redundância)!!!!
Mas em fim, só tive acesso ao seu blog agora, mas vou ficar por aqui sempre agora!!!!
um grande abraço,
Marx Eduardo - Vocalista e guitarrista da banda Os Barcos - http://www.myspace.com/osbarcos
Olá, Pena. Tudo bem? Gostaria de te mostrar um debate que tá rolando com um pessoal aqui de Curitiba que tá muito afim de sair do ostracismo. Quando puder, dá uma olhada aqui >>>http://projectdor.com/musica/e-hora-de-se-unir/
ResponderExcluirAbração.
http://www.dannybarnes.com/blog/how-make-living-playing-music
ResponderExcluirEste é um texto muito melhor que o meu, de um músico experiente, contando "Como Viver De Música". Um dia talvez traduza para o portugues.
Confirtam ai.
Hoje, 8 anos depois vou publicar num negócio que nem se mencionava na época, o tal do Facebook e também tuitarei. Mais tarde vou dar uma palestra no SESC Jundiai sobre "Técnicas de Apresentação" e vou usar este texto como base, junto com o Space Oddity do Seu Jorge no Primavera Sounds 2017. Comentem à vontade, por favor. Obrigado
ResponderExcluirEste é um texto muito melhor que o meu, de um músico experiente, contando "Como Viver De Música". Um dia talvez traduza para o portugues.
ResponderExcluirMuito bom Pena!!! Acabei de ler o seu texto!!!
ResponderExcluirMuito importante pra mim que estou nesse ramo independente de música alternativa (perdoe a redundância)!!!!
Mas em fim, só tive acesso ao seu blog agora, mas vou ficar por aqui sempre agora!!!!
um grande abraço,